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Orcas do Seaworld vivem tanto quanto seus congêneres na natureza

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orcasEstudo foi publicado no prestigiado Journal of Mammalogy

Orlando, FL (Julho 2015) – Um novo estudo científico foi publicado no Journal of Mammalogy pela Universidade de Oxford, o qual apresenta importantes informações que contribuem para o debate sobre quanto tempo vivem as orcas em instalações zoológicas. Segundo o estudo, não há nenhuma diferença na expectativa de vida entre as baleias que nasceram no SeaWorld e uma população de orcas na natureza.

O estudo “Comparações de parâmetros do histórico de vida entre populações de baleias (Orcinus orca) na natureza e em zoológicos para aplicação voltada ao gerenciamento de espécies” (tradução literal de “Comparisons of life-history parameters between free-ranging and captive killer whale (Orcinus orca ) populations for application toward species management”) compara informações atuais sobre as atividades de sobrevivência e reprodução de baleias do Noroeste do Pacífico analisadas desde 1975 com o histórico de vida de baleias sob os cuidados do SeaWorld. A média de expectativa de vida das orcas do SeaWorld é 41,6 anos; a expectativa de vida de baleias nomeadas como “Residentes do Sul e do Norte do Noroeste do Pacífico” são 29 e (Sul) 42.3 (Norte) anos respectivamente.

Além disso, o estudo mostra que a taxa média de sobrevivência de filhotes da população de baleias Residentes do Sul (79.9%) – que varia entre, aproximadamente, 6 meses de idade (por exemplo, idade da primeira observação) e 2 anos – é significativamente menor do que a média de sobrevivência de filhotes no SeaWorld, que vai de 40 dias a 2 anos (96.6%). O estudo completo pode ser acessado em: http://jmammal.oxfordjournals.org/content/early/2015/07/09/jmammal.gyv113.article-info.

“Apesar de o fator emocional sempre fazer parte do debate se as baleias ou outras espécies devem ser mantidas sob cuidados humanos, é extremamente necessário validar os fatos quando um argumento contra ou a favor está sendo elaborado em plano científico, ” explica o autor Kevin Willis, vice-presidente de Programas Biológicos do Zoológico de Minnesota. “De acordo com as informações disponíveis, agora está claro que não é verdadeiro argumentar que as orcas não deveriam ser mantidas em ambientes zoológicos porque isso diminui a sua expectativa de vida em relação aos animais na natureza”.

O objetivo desse estudo é caracterizar e comparar parâmetros de reprodução e padrões de sobrevivência da população de orcas no Noroeste do Pacífico e das que vivem no SeaWorld utilizando metodologia previamente publicadas para zoológicos e populações na natureza. As populações de orcas Residentes no Norte e no Sul do Noroeste do Pacífico são as mais estudadas e documentadas no mundo. Essas novas comparações oferecem métricas inéditas, pelas quais poderão ser feitas comparações com outras populações. Elas também acrescentam informações sobre estimativas de vida para a espécie como um todo.

“Esse artigo representa a primeira publicação científica que compara diretamente padrões de reprodução e sobrevivência entre orcas na natureza e em cativeiro”, disse o autor do estudo Todd Robeck, DVM, Ph.D., vice-presidente de Teriogenologia do SeaWorld Parks & Entertainment.

“Os resultados demonstram verdadeiramente que orcas em instalações zoológicas têm expectativas de vida similares daquelas que vivem na natureza, além de oferecem informações inestimáveis sobre os padrões normais de reprodução dessas espécies. Essas informações são fundamentais para o desenvolvimento e gerenciamento de planos e direcionam futuras pesquisas e esforços com o objetivo de proteger e preservar as populações de orcas na natureza”, acrescenta Robeck.

A habilidade de estudar orcas em ambientes de pesquisa controlados em instituições credenciadas como o SeaWorld forneceu a maioria das informações fundamentais sobre a fisiologia da espécie, incluindo a sua adaptação ao mergulho; detecção auditiva, ecolocalização e aprendizado; fisiologia reprodutiva; crescimento e desenvolvimento; necessidades metabólicas e energéticas; e função do sistema imunológico.