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Resíduos da indústria pesqueira agora têm destino certo

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O setor de reaproveitamento de resíduos animais, além da função econômica do mercado de produção industrial de carnes, possui relevância indiscutível para a preservação do meio ambiente

A indústria pesqueira do Rio de Janeiro não tem mais com o que se preocupar. A Patense, considerada uma das líderes do Setor de Nutrição Animal em 2015, e uma das 500 maiores empresas de agronegócio do país, inaugura em Tanguá, nesta segunda quinzena de junho, uma unidade de sua indústria de reciclagem. O investimento foi na ordem de 30 milhões de reais. De 39 hectares, a área construída corresponde a 10.000 m². Foram gerados 100 empregos diretos e 300 indiretos, e a frota de caminhões é composta por mais de 20 caminhões adaptados para recolher os resíduos.

“Com esta unidade, um dos parques tecnológicos mais modernos, os subprodutos da atividade pesqueira serão recolhidos e processados, fechando a cadeia de forma sustentável e ecologicamente responsável”, explica Clênio Gonçalves, presidente da Patense.

Vale lembrar que as vísceras e a cabeça do peixe, que representam 70% do animal, são descartadas, gerando, além de desperdício, impacto ambiental.

 

RECICLAR PARA ALIMENTAR

A coleta da matéria prima (subprodutos do abate animal) é o primeiro passo para garantir a qualidade do produto final, aplicado para nutrição animal, indústrias químicas, farmacêuticas e de biodiesel.

“Dispomos de um controle de qualidade rigoroso da coleta, recepção da matéria-prima, ao processamento. Tudo de acordo com as normas vigentes. O “Projeto Coleta Limpa” da Patense padroniza o processo de coleta, que é realizada em caminhões, da nossa frota, adaptados, adequados e aprovados pelos órgãos reguladores”, explica Gonçalves.

Segundo o presidente, depois de retirados os subprodutos – descartados pela indústria pesqueira fluminense – os caminhões entregarão para a unidade de Tanguá. Lá, tudo será processado por equipamento de alta performance e resultará em farinha e óleo de peixe utilizados na produção de rações animais (compostos bioativos e alimentos funcionais) e biocombustível.

“O fato de termos uma frota própria, nos possibilita garantir a agilidade na coleta e na entrega da matéria-prima. A coleta é realizada em mais de 500 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná, e agora no Rio de Janeiro. Os produtos reciclados são cozidos a temperaturas elevadíssimas, suficientes para controlar todas as bactérias, vírus, protozoários e fungos, resultando em produto seguro e confiável para a nutrição animal”, explica Gonçalves.

São mais de 250 veículos adaptados rodando pelo do Brasil e 11 linhas de produção para não deixar sobrar nada.

É uma prática constante da empresa investir em desenvolvimento, inovação e tecnologia de ponta empregada na produção de farinhas e gorduras, e no armazenamento.

“A Patense tem sua atenção totalmente voltada para esta atividade. Processa cerca de 30 mil toneladas de subproduto/mês e recebeu nos últimos anos, investimento importante na ordem de 150 milhões de reais”, finaliza o presidente.

Por

MARCELA LIMA