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Coleta de embalagens vazias de agrotóxicos preserva o meio ambiente e a saúde do produtor de tabaco

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Abril 2019 – Quando o assunto é logística reversa, o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos se destaca. Criado antes mesmo da legislação de 2002 entrar em vigor, a ação promovida pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) percorre pontos de coleta pré-estabelecidos nas regiões produtoras de tabaco do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em quase duas décadas, o programa destinou corretamente mais de 15 milhões de embalagens vazias, utilizadas no tabaco ou em outras culturas.

Até o dia 22 de maio, a coleta itinerante passa pela região Noroeste gaúcha, recolhendo as embalagens vazias de agrotóxicos usadas pelos produtores de tabaco de 73 municípios. A partir do dia 10 de junho o recebimento de embalagens inicia a coleta no Litoral Sul catarinense. As embalagens são destinadas para centrais de recebimento credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), onde passam por triagem e separação.

A ação contribui para a preservação do meio ambiente e da saúde e segurança do produtor e sua família. Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o programa atende exclusivamente os produtores de tabaco, mas, como são agricultores diversificados, eles têm a oportunidade de entregar também as embalagens dos agrotóxicos usados nas outras culturas. “O tabaco é o produto agrícola comercial que menos utiliza agrotóxicos, com apenas 1,2 quilo de ingrediente ativo por hectare”, lembra Schünke.

SAIBA MAIS

O Programa é anterior à legislação que determina a devolução das embalagens às suas respectivas origens. Criado no ano 2000, antecedeu o Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002.

Beneficia 120 mil produtores, com comodidade e segurança na devolução dos recipientes em pontos de coleta localizados próximos de suas propriedades.

Quem adere ao programa e entrega as embalagens tríplices lavadas, ganha recibos, fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental.

Aproximadamente 90% do material coletado é reciclado e usado na produção de outros produtos, principalmente na construção civil, como rodas e caçambas para carriolas e conduítes corrugados, caixas de descarga para sanitários e tubulações para esgoto sanitário, entre outros. E o restante do material, cerca de 10%, é destinado para incineradoras licenciadas.

Acesse o roteiro completo da região Noroeste do RS