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ACR participa de projeto da União Europeia para indústria de baixo carbono

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Desde setembro de 2015, uma série de missões de Matchmaking (MM) de Negócios, uma iniciativa da União Europeia, está acontecendo no Brasil. O objetivo é para aproximar empresas brasileiras, cujas atividades envolvem geração de carbono, aos 28 Estados membros da União Europeia (UE) e suas tecnologias e soluções para emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Junto com a Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (Abaf) e da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) foi convidada para participar de uma Missão de Matchmaking em Agricultura de Baixo Carbono na primeira semana de maio em Ribeirão Preto.

A ACR foi representada pelo diretor executivo, Mauro Murara Jr., que participou  de rodadas de negócios para fomentar o intercâmbio de experiências inovadoras. Foram 15 empresas da União Europeia (de países como Romênia, Itália, França, Alemanha, Polônia, Eslovênia), 20 empresas brasileiras e as três associações. De acordo com Murara Jr., o encontro foi muito produtivo, e alguns termos de intenção de cooperação foram assinados pela ACR.

 

Secagem de madeiras

O primeiro compromisso está relacionado com o desenvolvimento de tecnologia para secagem de madeiras duras. Apesar da expansão do mercado de eucalipto em Santa Catarina, existe pouca tecnologia para secagem e usinagem. “Através da embaixada da França no Brasil, queremos organizar uma missão de empresas baianas e catarinenses para lá em 2018”, explica o diretor da ACR.

 

Prevenção de incêndios florestais

Também da França vem uma tecnologia para monitoramento via satélite. A empresa Aria Technologies é especializada em sistemas de informação. Possui satélites em operação e disponibiliza sinal que monitora áreas ou pontos específicos com informações de hora em hora. “É possível fazer o registro de condições atmosféricas e outras variantes, como poluentes, por exemplo. A ideia é desenvolvermos tecnologias mais acessíveis para monitoramento de incêndios florestais”, conta Murara Jr.

 

Erva-mate

A Agrofood, da Romênia, é um cluster que envolve empresas, universidades e incubadoras tecnológicas. Alimentos são a matéria-prima do trabalho para produtos inovadores, como água com fibras, isotônicos e estimulantes orgânicos. “Falamos sobre a erva-mate, um produto florestal não madeirável, de baixo carbono e com apelo social muito forte. Podemos trabalhar com subprodutos e extrativos da erva-mate. Para isso, vamos precisar de tecnologia de processamento e de laboratório”, complementa Murara Jr.

 

Tratamento de efluentes

A italiana Green Tech desenvolveu e patenteou um sistema de tratamento de efluentes líquidos. Chamado de chaminé verde, utiliza uma tecnologia com algas para tratar dejetos humanos, mas pode ser utilizado também para a indústria têxtil. Através do metabolismo das águas com radiação infravermelho da luz solar, é feito o sequestro dos metais pesados. Depois do processo, as algas são retiradas e destinadas a um aterro controlado. “Pensamos que isso pode servir para o tratamento de água de caldeira e águas resultantes do cozimento de toras para laminação. É um processo sem utilização de produtos químicos e muito compactos.”

 

Prospecção de negócios

Segundo Murara Jr., o setor de base florestal catarinense também foi apresentado para uma empresa italiana que faz prospecção de negócios junto com a União Europeia, a Area Europa. “É uma empresa de consultoria que faz um processo de varredura para desenvolvimento de novos negócios. Apresentamos um balanço dos produtos de base florestal e das possibilidades em Santa Catarina. A intenção foi inserir nosso estado no radar deles e potencializar negócios entre Santa Catarina e a Itália.”

 

Foto: Divulgação LCBA Brazil